Enrolador para Antenas de fio

Baseado no enrolador de K6ARK e com algumas modificações para o meu caso específico.

Tenho usado já alguns anos os espectaculares enroladores que a SOTABeams vende (são mesmo muito bons e recomendo vivamente) mas desde que uso a actual mochila que eles não cabem muito bem. Na verdade, não cabem por apenas alguns milímetros, o que tem sido uma fonte de frustação cada vez que uso a antena EFHW numa activação SOTA ou WWFF.

Como sempre achei que era absurdo cortar (e assim danificar) os enroladores apenas por caberem perfeitamente na mochila tenho deixado a coisa andar. Até ao momento em que decidi comprar uma impressora 3D, quando deixei de encontrar coisas interessantes para imprimir, e passei a procurar coisas interessantes para imprimir.

Assim começou a minha busca por designs de enroladores, que ao fim de pouco tempo me levou a encontrar um enrolador bastante interessante do Adam K6ARK.

Este enrolador é bastante simples, mas bem pensado. É pequeno e leve, tem bom aspecto, e apenas precisa de algumas gramas de plástico para se tornar realidade.

Mas não é um bom substituto para o enrolador da SOTABeams que tanto gosto.

Antes de mais, quais são os detalhes que gosto no enrolador da SOTABeams ?

  • o cabo fica seguro com um elástico, que se solta apenas com uma mão.
  • o elástico pode ser usado para prender o enrolado a uma árvore ou arbusto segurando o fim da antena longe do chão.
  • o elástico está preso ao enrolador, nunca se perdendo.
  • o enrolador tem uma “pega” que permite um enrolar fácil.
  • a “pega” tem um orifício que facilita o desenrolar.
  • tem capacidade para os 22m (+-) de fio da minha EFHW + o cordel que uso para separação.
  • tem capacidade para 10m de RG-174 que é o que habitualmente uso (num outro enrolador) como linha de transmissão em SOTA.

Voltando ao enrolador do Adam, o que é que ele não cumpre:

  • é muito mais pequeno, não tem capacidade para a minha antena com o cordel.
  • por ser mais pequeno é desconfortável de enrolar.
  • não usa um elástico mas sim uma tira de velcro, que não fica (muito) presa no enrolador e é um pouco mais fácil de perder.
  • o velcro também é um pouco mais difícil de abrir/fechar do que o elástico.

Alguns destes pontos podem ser vantagens, nomeadamente o tamanho e o velcro, mas os hábitos são difíceis de mudar.

Com tudo isto, peguei no STL do enrolador do Adam e carreguei-o no Tinkercad (sim eu sei, é o VB do CAD…) e fiz-lhe umas pequenas alterações:

  • mudei-lhe o tamanho para 210x70mm mantendo os 5mm de espessura (originalmente o enrolador tem 140 mm x 55 mm x 5 mm). Um enrolador de 23cm já cabe na minha mochila, mas ao meter 21cm consigo imprimir 3 ao mesmo no tempo na minha impressora sem chegar (muito) perto do limite, e a diferença de tamanho não é significativa.
  • fiz dois furos para prender as pontas do elástico, com uma ligeira depressão para os nós do elástico não sobressaírem demais, tal como no enrolador da SOTABeams.
  • tapei a ranhura do velcro e no lugar dela fiz dois pequenos cortes para prender o elástico, mais uma vez tal e qual como no enrolador da SOTABeams.
  • adicionei ainda dois furos perto das extremidades onde passa uma ficha de banana de 4mm (que vai ligar ao unun) que servem para dar margem para o conector ficar preso pelo elástico no fim do enrolamento.

O resultado final foi este:

Não é tão fácil de enrolar como o SOTABeams, mas é mais fácil de desenrolar (mérito do desenho original). Ainda como vantagem é um pouco mais pequeno, e menos curvo, o que faz com que se arrume melhor. No global, não ficou mau.

O STL pode ser obtido no Tinkercad.

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Configuração do WSJT-X Improved com o Cloudlog

O WSJT-X improved permite fazer logging automático para o Cloudlog. O problema é que em windows, se o endereço do cloudlog utilizar HTTPS, a processo falha porque falta a lib de SSL.

Após fazer isto meia dúzia de vezes e de todas elas ficar perdido com duvidas, aqui está a documentação do processo de hoje.

Versões

Passos

  1. A instalação do OpenSSL pode ser feita na directoria bin em vez da System do Windows para diminuir a entropia.
  2. Após instalação, copiar para a directoria do WSJT-X (default C:\WSJT\WSJT-x\bin) os ficheiros lib*.dll que estão na directoria bin do OpenSSL.
  3. O OpenSSL pode-se desinstalar (opcional).
  4. Não há passo 4.

Configuração do GPSDO Leo Bodnar para obter uma frequência de saída do LNB na banda de UHF

Até este momento a minha estação de QO-100 utilizava um GPSDO para gerar 2x 10MHz, que eram usados para sincronizar o upconverter e para alimentar uma PLL. A PLL produzia um sinal de 25787179Hz que quando passados ao LNB colocavam a saída deste (em relação ao transponder NB) entre 432.5 e 433MHz, convenientemente na banda de UHF.

O sistema funcionava perfeitamente, com a única desvantagem de precisar de duas peças.

Como pretendo ter o sistema o mais simples possível para usar em portátil, resolvi tentar usar apenas o GPSDO Leo Bodnar para ter a frequência para sincronismo de TX e RX.

O GPSDO Leo Bodnar permite gerar duas frequências, mas a segunda é dependente da primeira, e apesar do software de configuração permitir encontrar a segunda frequência introduzindo a primeira, as soluções são incompletas e não permitem grande flexibilidade.

Contactei o suporte via email, que muito rapidamente (1-2h) me responderam com uma configuração que mantêm 10MHz na saída 1, e uma frequência que coloca o RX do transponder entre 439.5 e 440MHz, segmento que cai dentro da recepção UHF do meu FT-818, na saída 2.

Para referência:

  • GPS reference: 5234375
  • N31: 56
  • N2_HS: 7
  • N2_LS: 8192
  • N1_HS: 4
  • NC1_LS: 134
  • NC2_LS: 52

Com esta configuração o GPSDO produz 10MHz na saída 1, e 25.7692307692308MHz na saída 2.

Utilizando esta frequência obtemos a frequência final de
10489500000 – (25769230.7692308 * 390) = 439500000,000Hz

Mudando a configuração, e desta vez sem a PLL no meio, funciona: